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Arrancada (para baixo)

Contra a mulambada, jogamos mal e perdemos. Contra o Fluzim, jogamos um pouco melhor e o resultado foi igual. O clássico de ontem foi o quarto jogo sem vitória e ainda encararemos o Grêmio – e sem Juninho! – no Olímpico na próxima rodada. Ou seja, estamos numa firme e forte arrancada. Só que para baixo.

Não faz a menor diferença se jogamos melhor ou não ou se a tal evolução que Cristóvão sempre vê, aconteceu. O fato é que, mais uma vez, o Vasco tinha uma partida importante e não conseguiu o resultado que precisava. Não dá pra falar que o time não jogou com disposição, mas ontem a disposição não foi o bastante.

E nunca vai ser se Cristóvão seguir com algumas das suas convicções. Guardar o Tenorio para o segundo tempo se entende; já deixar o Felipe no banco em um clássico em que precisávamos muito de talento e experiência no time, é inexplicável. E burro. Como foi burrice tirar um atacante e colocar um volante quando o jogo estava ainda com o placar em zero. Nós é que tínhamos a necessidade maior de vencer. Nós é que tínhamos que nos preocupar em pressionar. Mas fomos nós, ou melhor, o Cristóvão, que se preocupou em reforçar a marcação quando estávamos abafando os tricoletes. E pior de tudo: a preocupação defensiva do treinador vascaíno não adiantou de nada, já que sofremos dois golsem contra-ataques. Mesmo com um volante a mais em campo.

(parêntese: não estou colocando a culpa no Bastos pela derrota. Se fosse o Romulo ou qualquer outro volante de mais qualidade a entrar no jogo, o problema seria o mesmo: tirar um homem de frente para colocar um defensor num momento como aquele. Fecha parêntese.)

Jogamos melhor, poderíamos ter vencido, o resultado foi injusto…nada disso resolve a situação em que nos encontramos. Cristóvão, como não poderia deixar de fazer, segue afirmando que o Vasco vai lutar pelo título. Uma pena que seu discurso seja tão diferente das suas ações.

Agora, verdade seja dita: o Cristóvão comete seus equívocos, mas tem coisas que nem por milagre ele conseguiria resolver. Exemplo claro? O Vasco precisaria deslocar o Juninho para a lateral para que a torcida tivesse a possibilidade de ver um cruzamento dar certo. Esse problema não é apenas do Auremir ou do William Matheus. É deles, como era do Fagner, do Feltri, do Granja, do Ramon e assim vai.

Outra é a falta de opções aceitáveis para o ataque. Enquanto o Tenorio não tiver condições de jogar 90 minutos, o que teremos é um artilheiro que não faz gol (e pouco ajuda se não receber bolas açucaradas), um jogador que esperou ser comprado em definitivo pelo clube para desaprender a jogar, seu reserva, que precisa urgentemente de um supletivo de fundamentos do esporte, e Pipico, cujo nome fala por si.

Se não se faz omelete sem ovos, temos é que reclamar com o dono da granja se eles não existem. Se a diretoria fizesse seu trabalho direito, teríamos mais opções no elenco e aí, talvez, o Cristóvão errasse com menos frequência. Mas para a atual gestão, o que temos está mais que bom e não precisamos de reforços. Ou precisamos, mas não temos recursos para trazê-los. A primeira opção só mostra total falta de conhecimento do elenco (ou pior, evidencia uma patética tentativa de tentar fazer a torcida de cega); a segunda, é a prova da incapacidade dos gestores do clube em fazer o mínimo que um clube como o Vasco merece: montar times competitivos de verdade.

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