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Coluna Torcedores Ilustres - O Colecionador Rafael Martins e suacoleção de camisas do Cruzeiro


Até onde vai a paixão de um fanático torcedor?
O que um ilustre torcedor faz para mostrar para todos a sua paixão por colecionar camisas?
Tivemos o prazer de entrevistar Rafael Martins  O Colecionador de Camisas
Além de ser um ilustre colecionador de camisas, Rafael Martins também tem a sua paixão por futebol.
Rafael Martins conta ao blog Carioca ONLINE, tudo sobre a sua coleção de camisas, como começou, as suapreferidacamisas (se é que elas existem) e fala sobre a sua paixão pelo futebol.

CARIOCA ONLINE – Como e quando você percebeu que poderia ser um colecionador de camisas?

COLECIONADOR – O gosto pelo colecionismo já vem desde a infância, quando já colecionava álbuns, figurinhas, jornais, chaveiros, revistas e outros itens; mas sempre visando o cruzeiro. Meu pai nunca foi ligado a futebol e ainda tem empatia por outro clube mineiro, como era criança sem dinheiro pedi de presente a uma tia uma camisa, e que foi a minha primeira camisa oficial do cruzeiro modelo de 2000 azul tradicional sem patrocínios. Ano passado tinha umas 20 camisas, mas não me rotulava como “colecionador”. O que despertou meu interesse em ser um colecionador foi um pedido da minha namorada para encontrar uma camisa pra ela de 2011. Assim comecei a pesquisar sites, facebook, entrei em contato com a fornecedora da época, lojas de materiais esportivos e representantes. E assim comecei a ver as camisas com “outros olhos” e me interessar não apenas por elas, mas pela historia, modelos e fatos que cercam as camisas.

CARIOCA ONLINE – Qual foi a sua primeira camisas?

COLECIONADOR – A minha primeira camisa foi o modelo de 2000 azul mas ainda não era colecionador, a minha primeira camisa como colecionador é uma de 1990 n11 (pintada) da finta com patrocínio Coca-Cola de pano.

CARIOCA ONLINE – Há quanto tempo você tem a sua coleção?

COLECIONADOR – Minha coleção se iniciou em 2000 com presentes, mas apenas a partir de 2015 me declaro um colecionador. Pois não é apenas comprar a camisas e guardar, tenho um arquivo digital no computador com mais de 4GB com fotos desde 1921 contando toda a historia das camisas do Cruzeiro separadas por décadas e posteriormente pelos anos exatos das camisas, além de livros, biografias, revistas e jornais. Sempre tem uma informação nova que encontramos e torna-se viciante a busca por novas informações a cada dia.

CARIOCA ONLINE – Você já viajou para vários lugares atrás de camisas? Qual foi o lugar mais longe que você foi para uma camisa?

COLECIONADOR – Viajar para buscar uma camisa não, mas elas já viajaram para chegar em minhas mãos, já peguei camisas de vários estados brasileiros; ultimas vieram de uma loja no Ceará e 3 vieram de um colecionador que estava no Toronto no Canadá.

CARIOCA ONLINE – Qual ou quais camisas que são mais especiais? E porque?

COLECIONADOR – Tenho três que considero muito especiais, pelo grau de dificuldade de encontrar delas e a forma que eu consegui. Uma do Dida verde de 1996, encontrei em um anuncio de um site de vendas e não tinha nem foto da camisa, liguei e combinei com o cara e ofereci pra ele uma camisa de loja de 2015 do cruzeiro em troca e ele aceitou. 


Uma camisa do mundial de clubes de 1997 na cor branca (não tem nem fotos com registros) com patch do mundial, troquei por uma camisa de outro time brasileiro. 



E por fim uma camisa do Dida de 1997 igual ao modelo utilizado na final da libertadores roxa, essa eu ganhei de presente de um amigo que jogou na categoria de base do cruzeiro no ano de 1997.



CARIOCA ONLINE – Quantas camisas, você tem hoje? E em quantas, você pretende chegar?

COLECIONADOR – Hoje tenho 120 camisas originais (de jogo ou loja), não conto agasalhos e camisas retro na coleção de camisas. Não tem um número certo que quero chegar, o que estimula é saber que não teremos todas as camisas de todos os tempos, isso incentiva a ter o máximo de camisas que forem possíveis.

CARIOCA ONLINE – Qual será a próxima camisa?

COLECIONADOR – Nunca se sabe qual é a próxima camisa, como eu gosto de “garimpar” (termo utilizado para colecionadores que procuram o tempo todo em todos os lugares) as vezes conseguimos achar uma camisa que não estávamos procurando e dependendo das condições e do preço é mais uma pra agregar na coleção.

CARIOCA ONLINE – Qual a maior decepção que já teve como colecionador?

COLECIONADOR – Decepção com alguns “colecionadores”, principalmente pelos que super valorizam as camisas que tem e menospreza a camisa dos outros. Além disso, sabemos de vários casos de pessoas que se conhecem e  “atravessam” a negociação dos outros acontece muito isso pelas redes sociais. Exemplo a camisa foi anunciada por 200 reais um pessoa comenta na foto “reserva” (procedimento comum para quando você tem interesse em uma camisa postada, assim você comenta reserva e se acerta com o dono da camisa sobre o deposito e a entrega), muitos veem que a camisa esta reservada e mesmo assim chamam o dono da camisa para tentar “atravessar” a venda, alguns inclusive oferecem mais dinheiro pela camisa do que esta no anuncio para que o vendedor venda pra ele, infelizmente esta é uma pratica comum e vai do caráter do vendedor aceitar isso ou não. Atitude muito mal visto no meio do colecionismo. 

CARIOCA ONLINE – Podemos dizer que o RAFAEL MARTINS hoje tem um ídolo que tenha conseguido UMA SUPER CAMISA? Qual?

COLECIONADOR – Sim, considero Sorín como um grande ídolo pela identificação com o time e a torcida quando vestiu a camisa do cruzeiro. Tenho dois modelos do terceiro uniforme de 2001 numero 6 (uma manga longa e outra manga curta).


CARIOCA ONLINE – E finalizando, deixe uma mensagem para os leitores que acompanham o nosso blog:

COLECIONADOR – O mais importante pra mim neste hobby que é ser colecionador de camisas, é nunca achar que uma camisa vale mais que uma amizade.  E lembre-se que todos um dia já foram iniciantes e sempre que possa ajude com o que conhecimento que tiver. A melhor imagem que podem ter de você não é a quantidade de camisas que você tem, e sim que é uma pessoa íntegra, com caráter e de palavra (que vale mais que dinheiro).


Por: Luiz Otávio Oliveira 


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