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FOTO: Arena Botafogo é o motivo da discórdia |
A relação entre Portuguesa e Botafogo, que já estava estremecida desde que as partes definiram que não seguiriam com a parceria para utilização do Estádio Luso Brasileiro, ficou ainda mais abalada nesta quarta (28). Segundo a direção da Lusa, a empresa AKF Construções & Montagens, teria quebrado as bases dos postes de iluminação do campo sem autorização. As partes se encaminharam para a 37° DP, na Ilha do Governador, onde registraram Boletim de Ocorrência.
A AKF é a empresa contratada pelo Botafogo para a realização da montagem e agora a retirada da parte estrutural elétrica do Luso Brasileiro. O proprietário da empresa e responsável por executar o serviço, Ricardo Cavalcanti, teria quebrado as bases dos postes na manhã desta terça usando uma britadeira. A Portuguesa alegou que a estrutura trata-se de uma benfeitoria que deveria permanecer no local, enquanto os postes seriam retirados pelo Botafogo. Tudo isso previsto no contrato assinado entre as partes. Cavalcanti preferiu não se manifestar, alegando apenas ter contrato com o Botafogo para execução do serviço.
Ao todo são quatro bases que sustentam os postes (todos já foram retirados). A direção da Portuguesa não sabe informar o porque do responsável da AKF ter realizado tal procedimento no Luso Brasileiro.
- Ficamos sabendo por volta das 7h. O presidente estava no clube e viu. Ao todo são quatro bases dos postes. Os postes o Botafogo pode levar, é deles. O que não pode fazer é quebrar as bases. Elas são benfeitorias que ficariam no clube conforme estabelecido em contrato - explicou Marcelo Barros, vice-presidente da Portuguesa.
- Eles podem acessar o clube de 8h às 22h para fazer o serviço. Nessa última noite eles ficaram até de madrugada - prosseguiu Barros.
Marcelo Barros ainda revelou que o processo de desmontagem das estruturas tem sido desgastante com o Botafogo, causando situações de conflito.
- O Botafogo tem criado problemas. Hoje chegou a esse ponto, uma situação triste.
Botafogo alega que contrato não previa permanência das estruturas de concreto
Segundo a diretoria da Portuguesa, as tratativas com o Botafogo vinham sendo realizadas com o vice-presidente de estádios do Alvinegro, Anderson Simões. O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, tratou com normalidade a situação da desmontagem da estrutura. Segundo o dirigente, esta parte não permaneceria com a Lusa.
- Não tem nada disso. O Botafogo está apenas no processo de desmonte de tudo que ele colocou lá, que fez e não tem nada que tenha ficar. Pelo contrário, estamos retirando as bases das torres de iluminação. Tudo foi construído pelo Botafogo. Encerrando a utilização, o Botafogo tem o direito de desmontar todo o equipamento - disse, completando sua observação.
- As bases de concreto das torres de iluminação foram construídas pelo Botafogo, em momento nenhum o contrato fala que elas estarão servindo para a Portuguesa. São instalações que o Botafogo construiu para viabilizar o estádio. Encerrado o contrato, não tendo havido um entendimento para a passagem dessas instalações para o novo locatário, que foi o Flamengo, o Botafogo se reserva ao direito de retirar todas as instalações que ele fez. E é o que ele está fazendo. Simples. Não tem nada de complexo, é o mesmo procedimento que existe, desde a locação inicial da Arena - confirmou.
Carlos Eduardo Pereira revelou que o Botafogo está deixando algumas mudanças feitas no prédio do clube, apenas alterações referentes ao campo, que foram desmontadas pelo Alvinegro. Sobre a questão do horário, o presidente do Glorioso viu com estranheza a situação e enxerga um exagero pelo lado Lusitano.
- Como alguém vai entrar em um período não confirmado? Isso em um clube, que tem todas as entradas, as pessoas são todas identificadas, são funcionário de empresas. Eu acho que há um exagero pelo lado da Portuguesa. Eu acho que espero que acabe, estamos na reta final do ano. Quanto menos tumulto estiver, melhor - encerrou.
Sem impressora na delegacia, Lusa sai sem Boletim de Ocorrência
No começo da tarde desta quarta (28), as partes envolvidas na situação, a Portuguesa e a empresa AKF, formalizaram o Boletim de Ocorrência, porém, a 37ª DP, na Ilha do Governador, estava sem impressora e a Portuguesa deixou o local sem o documento. O clube ficou de retirar a cópia referente a ele do registro no decorrer do dia.
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