O paulista
Gabriel Medina, 20, está a mais de 13 mil quilômetros da sua cidade
natal, São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.
Mas tem se sentido em casa no Havaí.
O surfista, que participa da última etapa do Mundial, na praia de Pipeline, tem recebido o apoio maciço dos brasileiros que viajaram até a cidade em férias ou simplesmente para torcer por ele.
Medina luta para se tornar o primeiro surfista do país a ganhar o título mundial –ele disputa com o australiano Mick Fanning, 33, e o norte-americano Kelly Slater, 42.
Em Pipeline, é possível encontrar grupos de amigos brasileiros, famílias e até solitários perdidos em meio a tantos estrangeiros.
O vendedor carioca Anderson Bueno dos Santos, 37, estava na casa da irmã em Boston. Mas diz ter arrumado US$ 300 (R$ 800) para pegar um avião, sozinho, e acompanhar Medina em Pipeline.
"Curto surfe desde a infância, queria vir para o Havaí e aí juntou o Medina... Estou feliz da vida. Tudo isso vai ser histórico", disse Santos, que afirma estar comendo apenas uma vez por dia para economizar dinheiro.
"E se ele for campeão, vou me jogar na areia, dar cambalhota. É como se fosse uma Copa do Mundo", afirmou.
Achar uma bandeira do Brasil em Pipeline é fácil. Elas estão por todos os lados.
O triatleta José Ricardo Graça, 40, de Ubatuba, por exemplo, erguia os braços para mostrar uma enquanto andava pela praia.
"Nosso país agora não é só do futebol", disse Graça, que mora no Havaí há um ano e meio e torce também para o brasileiro Filipe Toledo, 18, que é seu conterrâneo e está no páreo para vencer a etapa.
O arquiteto carioca Nelson Leal, 57, chegou ao Havaí no dia 9 de dezembro para surfar. Mas admite que o Mundial ajudou na decisão de comprar as passagens para o Havaí. Ainda mais com a grande possibilidade de título do atleta brasileiro.
"Eu vim dar uma força para o Medina. Ele é um fenômeno, um cara abençoado. É o chefe dessa geração de brasileiros que vem botando para quebrar", disse Leal.
Mesmo longe da badalação para se focar apenas no campeonato, Gabriel Medina afirma estar impressionado com tanto apoio.
"Este é meu quarto ano aqui no Havaí e eu nunca vi tantas pessoas torcendo por mim. Isso me dá uma força a mais", afirmou.
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