A segunda rodada do Brasileiro-2016 terminou com um fato inusitado. Nas dez partidas da jornada, os árbitros expulsaram mais treinadores do que jogadores.
Foram três técnicos expulsos: Cuca, do Palmeiras, Gilson Kleina, do Coritiba, e Paulo Autuori, do Atlético-PR. Já entre jogadores a rodada terminou com apenas dois advertidos com o cartão vermelho: Vander, do Vitória, e Alex, do Inter.
O alto número de treinadores expulsos foi motivada por uma determinação da comissão de arbitragem da CBF, que pediu na semana passada um maior rigor para as reclamações dos comandantes. E os três foram expulsos por isso. No caso de Paulo Autuori, ele assegura que o cartão vermelho foi injusto.
A comissão de arbitragem achou exagerada as reclamações do são-paulino Edgardo Bauza no jogo contra o Botafogo, sem que Bráulio da Silva Machado, que apitou a partida, o advertisse: ele nada relatou na súmula.
Bem diferente do que aconteceu com Cuca, Kleina e Autuori.
O palmeirense talvez tenha sido o maior exemplo do aumento do rigor da arbitragem contra os treinadores. De acordo com a súmula do jogo contra a Ponte Preta, ele foi expulso por "gesticular de forma acintosa (dando soco no ar) contra decisão do árbitro no momento de marcação de uma falta a favor da Ponte Preta".
Já Kleina e Autuori, de acordo com as súmulas, foram expulsos por reclamarem com frases recheadas de palavrões: no caso do segundo até com ameaças no vestiário e tendo que ser contido por policiais.
Por: Luiz Otávio Oliveira
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