Eike Batista, o magnata brasileiro que deve a ir a julgamento na próxima semana sobre alegações de negociar ações com informações privilegiadas (“insider trading"), está tentando um retorno ao investir em um grupo farmacêutico sul-coreano especializado em medicamentos para impotência.
A EBX, de Eike Batista, formou uma joint venture com a CL Pharm neste ano, em um "acordo de desenvolvimento" no valor de US$ 12 milhões, segundo o site do grupo coreano.
O advogado de Eike Batista e a EBX não responderam aos pedidos de entrevista.
Os investidores estão se recuperando do colapso do império de Eike nas áreas de petróleo e mineração, no ano passado, e da falência de sua empresa de petróleo OGX, em outubro - que foi a maior quebra de empresa da América Latina.
Na terça-feira, o empresário, que há dois anos figurava na lista da revista Forbes como o sétimo homem mais rico do mundo, vai a julgamento no Rio de Janeiro. Os promotores o acusam de usar informações privilegiadas para vender ações da OGX e sua empresa de construção naval OSX, no ano passado.
Se for considerado culpado, Eike Batista pode ser a primeira pessoa no Brasil a ir para a cadeia por crimes contra o mercado de capitais. Ele negou qualquer irregularidade.
Eike Batista teria começado a negociar com a CL Pharm quando viajou para a Coreia do Sul, em abril deste ano, e teria pago US$ 1 milhão só pelos direitos de montar uma fábrica no Brasil, de acordo com um livro sobre o magnata que deverá ser lançado hoje, chamado "Tudo ou Nada", da jornalista brasileira Malu Gaspar.
Segundo o livro, Eike teria participado de reuniões de negócios com Hwang Woo-suk, cientista sul-coreano que também estaria tentando sua própria recuperação ao montar um laboratório de clonagem de cães no Brasil.
Depois de fazer o primeiro cão clonado, Snuppy, em 2005, Woo-suk foi acusado de falsificar pesquisas sobre a clonagem de células humanas. O cientista não pôde ser encontrado para comentar o assunto.
Nesta semana, Eike Batista também assinou um acordo com o fundo suíço Acron para retomar o desenvolvimento conjunto do Hotel Gloria, no Rio de Janeiro.
O empresário tinha a esperança de criar um fundo de infraestrutura após o colapso de seu império de commodities no ano passado, de acordo com o livro de Malu Gaspar. Mas depois de receber pouco interesse dos investidores,voltou seu foco oportunidades nos ramos de saúde e tecnologia na Ásia.
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