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Reunião da FERJ que acabou em baixaria |
Que hoje já não somos mais o melhor futebol do mundo, e que hoje já não revelamos mais nenhum Ronaldo, Neymar ou Romário, isso já estamos cientes.
Para que consigamos atingir essas melhoras, se faz necessário elitizar o nosso futebol? Então faremos do nosso futebol, uma elite, com um campeonato nacional para “inglês ver”, campeonatos regionais, que não sirvam apenas de preparação dos times grandes e nem de trampolim, para os políticos futebolísticos se promoverem.
Mas por onde começaremos a criar a nossa Tropa de Elite do Futebol? Por que temos que começar pelos preços dos ingressos. Valores absurdos, valores europeus. Não podemos elitizar o nosso torcedor – afinal de contas – o único setor do futebol brasileiro que não precisa e nem pode ser elitizado. Espantar a massa dos estádios, não é elitizar o futebol, e sim, defender os próprios interesses.
Os clubes tem que se preocupar em elitizar o futebol para os torcedores e não elitizar os torcedores para o futebol. Será que querem que os torcedores usem nos estádios ternos e gravatas, como são usados na Europa? A elitização do futebol passa primeiramente no amadorismo na administração do nosso futebol, chega de brincar de ser dirigente de futebol, achar que são os donos das instituições.
E por falar em instituição, como querem elitizar os torcedores, se não dão aos torcedores belos estádios para se assistir ao espetáculo? Novos estádios, novas arenas, novas mobilidades, isso sim é elitizar o futebol. Falando em futebol, esses mesmos dirigentes, tornam-se obrigação darem aos seus torcedores, bons jogadores para formarem suas equipes. Ao invés de brigas, bate bocas e xingamentos entre dirigentes e Federações, vamos nos preocupar em elitizar os campeonatos regionais que a cada dia que passa vem se esvaziando mais ainda.
Invasão de torcedores/bandidos, aumento dos ingressos de forma absurda, calendário covarde contra os jogadores, falta de segurança nos estádios, jogadores de péssimas qualidades, arbitragem amadora, favorecimento a certos clubes, isso tudo afasta os torcedores, fali os campeonatos regionais e por isso toda a pressão dos dirigentes para a elitização do nosso futebol, mas a começar pelos preços dos ingressos.
Vamos ao futebol carioca. Na primeira rodada, a soma de público nos jogos dos quatro grandes (23.552 pagantes) não enche nem a metade do novo Maracanã. A renda? Não chega nem a meio milhão. Para sermos mais exatos, foram arrecadados R$ 476.000,00. Com certeza, prejuízo para os clubes.
Aliado da Federação no passado e de volta ao presente, entra em cena Eurico Miranda. Ganha mais holofotes até do que os próprios clubes e a Federação. Por que e para que essa confusão armada? Vai dizer, como sempre diz: “Defender os direitos do Vasco”. No que o clube está sendo ou será atingido? E que direitos são esses? Ele nunca explica.
Não se pode jamais associar a imagem do Club de Regatas Vasco da Gama à do atual presidente. Ele passa, como passou, e vai voltar a passar. Mas a instituição fica e deve ser preservada. O mesmo recado serve para os mandatários de Botafogo, Flamengo e Fluminense.
A quem interessa essa briga toda? Quem vai se dar bem com isso no fim da história? Cada rodada será um martírio deste campeonato que já nasce falido, infelizmente.
Deveriam fazer um cursinho com São Paulo e outras praças. Na primeira rodada do Paulista, também no fim de semana, mais de 60 mil pagantes, com ingressos bem mais caros.
No campo, os times têm muito ainda a melhorar. Normal para início de temporada. Viu-se, ao menos, que os grandes devem brigar pelo título. Mas espere um tempo, porque um ou outro dos chamados pequenos ainda pode aprontar. Seria bom, pois daria mais emoção ao Carioca.
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