O torcedor botafoguense pôde, enfim, sentar no sofá. Ou melhor, na arquibancada de casa. De volta ao Engenhão após 684 dias, rebatizado de Estádio Olímpico Nilton Santos, o Botafogo venceu fácil o Bonsucesso por 4 a 0 e assumiu a liderança provisória do Campeonato Carioca.
Ainda que o estádio tenha sido reaberto com capacidade para cerca de 17 mil lugares, ele não lotou. Cerca de 9 mil pagantes estiveram no estádio.
O Botafogo tem agora sete pontos na competição, enquanto o Bonsucesso é o último, sem ter pontuado. Na próxima rodada, o Botafogo encara o Bangu, quarta, em Los Lários, enquanto o Bonsucesso enfrenta o Barra Mansa em Edson Passos.
O jogo
A festa na arquibancada logo se estendeu para o gramado. O Botafogo, muito superior tecnicamente, apertou o Bonsucesso desde o início, principalmente pelo lado direito, com Gilberto, Pimpão e a aproximação de Diego Jardel.
Com dez minutos, então, veio a vantagem para mostrar que a tarde seria mesmo de festa. Pimpão limpou jogada no meio de campo e lançou Diego Jardel pelo meio. Sozinho, ele entrou na área e bateu com estilo, mas a bola explodiu na trave de Preto e voltou. No rebote, ele tocou para o fundo do gol. 1 a 0.

O Bonsucesso era muito frágil, dava espaços e só tentava assustar com a ajuda dos próprios botafoguenses. Aos 17 minutos Marcelo Mattos vacilou, a bola sobrou para Mattheus e ele tentou o cruzamento, mas a zaga afastou. O Botafogo continuava chegando com frequência, trocando passes, explorando o contra-ataque. Aos 19 minutos Pimpão só não marcou porque foi travado na hora do chute.
Com tanta supremacia, o Botafogo não tardou a ampliar a vantagem. Aos 21 minutos, Gilberto tocou para Willian Arão pelo lado direito. O volante invadiu a área e bateu forte, mas a zaga travou. No rebote, ele jogou de novo para o centro da área e Bill, na dividida com o zagueiro, tocou para o fundo do gol. 2 a 0.
Como a tarde era boa, o Botafogo se deu ao luxo de vacilar e não sforer gols graças a Jefferson. Aos 30 minutos, ele salvou três finalizações em sequência na área, num bate-rebate com a zaga do Botafogo: à queima-roupa ele evitou o primeiro gol do Bonsucesso.
O Botafogo ainda colocou uma bola na trave aos 40 minutos, com Roger Carvalho, em cruzamento de Diego Jardel. Ele cabeceou para o chão e a bola quicou no gramado e em seguida beijou o poste do goleiro Preto. Antes do intervalo, houve tempo para discussão dos jogadores dos dois times por uma entrada de Cristiano em Bill. Mas o árbitro nada assinalou.
Na volta para o segundo tempo, o Botafogo mostrou que já estava readaptado à casa. E Nilton Santos, que rebatizou oficialmente o Engenhão neste sábado, deve ter ficado feliz com uma daquelas homenagens fortuitas. Aos três minutos de jogo, Thiago Carleto, camisa 6, tal como Nilton, bateu falta rasteira, na entrada da área. 3 a 0, para a alegria da arquibancada.
A partir daí, mesmo que tão precoce, o jogo já teve seu rumo resolvido e o Botafogo puxou a mão no freio. Em ritmo de treino, o time ainda teve oportunidades. Aos 2 minutos, Pimpão invadiu a área e tocou na trave do goleiro Preto. Estava fácil. Era dia do Botafogo. Era dia de voltar para casa. Então, o técnico René Simões passou a fazer subsitutições para que todos se acomodassem no estádio reaberto. Bill e Willian Arão saíram para as entradas de Sassá e Fernandes.
E mesmo quem chegou depois à festa no gramado pôde participar. Com 26 minutos, Fernandes invadiu a áre a e bateu forte. Preto deu rebote, bem aproveitado por Fernandes, que tocou para o fundo do gol.
Desta vez, ao contrário da partida contra o Volta Redonda, valeu. 4 a 0 no placar. A festa, então, estava completa. 684 dias depois, o Botafogo voltou oficialmente para casa. Nilton Santos, de cima, sorriu.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 4 X 0 BONSUCESSO
Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 7 de fevereiro de 2015, sábado
Horário: 17h
Árbitro: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ)
Assistentes: Andréa Marcelino de Sá e Patricia Retondário da Silva (ambos do RJ)
Cartões amarelos: Diego Jardel (BOT) e Fernando, Matheus Salgado, Lucas Fernandes e Miguel (BON)
Público e renda: 9.562 pagantes / 11.147 presentes / R$ 310.720
Gols: Diego Jardel (BOT), aos dez minutos e Bill (BOT), aos 21 minutos do primeiro tempo; Thiago Carleto (BOT), aos três minutos e Fernandes (BOT), aos 26 minutos do segundo tempo.
BOTAFOGO: Jefferson; Gilberto, Roger Carvalho, Renan Fonseca e Thiago Carleto; Marcelo Mattos, Willian Arão (Fernandes), Diego Jardel e Tomas (Gegê); Rodrigo Pimpão e Bill (Sassá)
Técnico: René Simões
BONSUCESSO: Preto; Thiago Ryan, Jadson, Renan e Cristiano; Marquinhos (Clodoaldo), Júnior, Fernando e Matheus Salgado (João Cleriston); Lucas Fernandes (Robertinho) e Miguel.
Técnico: Caio Couto
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