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Candidatos à Presidência se Espancam e Esquecem do Mais Importante "O Brasil dos Brasileiros"

Iniciando os debates presidenciais do segundo turno, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) se confrontaram na noite desta terça-feira (14), na Rede Band, em São Paulo. Subindo o tom em relação ao primeiro turno, os dois fizeram atuações agressivas. Por diversas vezes, ambos os candidatos à Presidência da República se acusaram de mentir em suas respostas.

Entre os temas que levaram o confronto a ficar mais acalorado, estiveram às denúncias de corrupção na Petrobras, nepotismo no governo tucano em Minas Gerais e a construção de um aeroporto da cidade mineira de Cláudio na administração de Aécio no Estado, saúde, programas sociais, inflação e bancos públicos.

Aécio acusou Dilma de ser tolerante com supostos casos de corrupção na Petrobras. "Todos nós brasileiros acordamos surpresos com novas denúncias... O que acontece na Petrobrás é um escândalo jamais visto", disse o tucano. A presidente e candidata à reeleição rebateu citando casos de desvios no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso na Presidência, que segundo ela, não teriam sido investigados e sim engavetados pela administração do PSDB.

Dilma contra-atacou ainda lembrando a construção do aeroporto de Cláudio. A petista acusou o adversário de fazer a obra num terreno do tio-avô do tucano, que estaria o usando a pista privadamente, mesmo sendo ela pública. "Olhando nos seus olhos, digo que a senhora está sendo leviana, leviana", rebateu o candidato do PSDB.

A petista também acusou Aécio de praticar nepotismo, empregando uma irmã e primos quando governava Minas. "Basta procurar no meu governo e não achará nenhum parente meu", disse a petista. Visivelmente desconfortável, Aécio negou as acusações.

Por conta da estratégia de Dilma de comparar sua gestão na Prêsidencia com a de Aécio no governo mineiro, Minas foi assunto em boa parte do debate. Por diversas vezes, a petista lembrou que Aécio foi menos votado do que ela no Estado.  

Revidando o ataque, Aécio acusou Dilma de conhecer pouco o Estado, apesar de ter nascido lá. "Candidato e não deixei Minas a passeio. Saí de lá porque fui perseguida pela Ditadura Militar e fui presa por três anos", retrucou a petista. 

Baixo crescimento e inflação 

Além de citar a questão da Petrobras, Aécio usou o baixo crescimento econômico do Brasil e a alta da inflação para atacar Dilma. "Os empregos estão indo embora porque País que não cresce não gera emprego", criticou o candidato do PSDB. 

"É o pior desempenho da indústria nos últimos 50 anos. Eu vou resgatar a credibilidade do País. Vamos fazer crescimento garantindo o avanço nas políticas sociais", acrescentou o tucano, prometendo manter o Bolsa Família, assim com fez em outros momentos do confronto. 

Para responder, Dilma lembrou que a crise econômica é mundial e exaltou o fato ter uma baixo índice de desemprego. 

Saúde e campanha agressiva

No primeiro bloco, Dilma abriu embate criticando Aécio por não cumprir as metas de verbas para a área da saúde. Segundo a petista, o governo mineiro na gestão do senador desviou R$ 7,6 bilhões do Estado, que deveriam ser destinados para saúde.

"O senhor foi contra os Mais Médicos e agora suas propostas inviabiliza totalmente Mais Médicos", questionou Dilma. “Lamento que senhora esteja tão desinformada", rebateu Aécio. "Essa proposta Mais Especialidade é a nossa proposta. Temos dois candidatos de oposição aqui e não de continuidade", continuou o tucano.

Aécio, por sua vez, criticou a petista por fazer um horário eleitoral agressiva no primeiro turno. “A senhora não se arrepende de ter feito uma campanha tão cruel contra os seus rivais no primeiro turno?", questionou ele. "Quem faz campanha cruel é você, candidato", contrapôs a adversária.

Considerações finais

Nas suas últimas falas no debate, quando puderam falar diretamente ao eleitor, os dois candidatos adotaram estratégias diferentes  Dilma se colocou com a mais preparada para fazer o Brasil se desenvolver. Já Aécio se vendeu como o candidato que representa uma maneira moderna de fazer política. 

"Há nove dias, mais de trinta milhões de brasileiros confiaram na nossa proposta de mudança. De lá pra cá, diversas forças políticas se aliaram a nós. Quero agradecer em nome de duas mulheres. A você, Renata Campos, pela singeleza como apoiou nossa campanha. E a você, Marina Silva. Eu não permitirei que este País seja dividido entre 'nós' e 'eles'. Quero fazer o governo da generosidade. Que respeite os avanços dos governos anteriores", afirmou Aécio.  

Em sua fala, Dilma disse que o País viver uma nova era na saúde e na educação. "Você que está agora para decidir, você deve se perguntar quem tem mais capacidade e experiência para garantir o que conquistamos e avançar nas mudanças. Quem tem compromissos verdadeiros com os trabalhadores. Quem tem apoio político para fazer as reformas que o país exige. Quem tem firmeza para garantir a expansão do Brasil no mercado internacional. Eu, como todos os brasileiros, quero um tempo novo."

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