Flamengo e Vasco desempenharam dentro de campo papéis parecidos, pelo menos na visão do torcedor
Ontem foi dia de clássico, Flamengo "recebeu" o Vasco para a quarta rodada da Taça Guanabara. Mas, como assim? O clássico do milhões disputado em uma quarta-feira? Pelo menos o jogo foi disputado naquele que já foi o maior estádio do mundo, o Maracanã? Não. O clássico que já foi disputado por Zico de um lado e Roberto Dinamite do outro, foi disputado em "terras suspeitas". Estádio Mané Garrincha, Brasília. Ah e só para lembrar, hoje esse é o clássico de Márcio Araújo e Diguinho...!
Mas, vamos ao jogo, que por sinal teve contornos de um verdadeiro Flamengo e Vasco (embora tenha recebido nota 6).
O primeiro tempo começou pegado, corrido, não teve aquela fase de "os dois adversários se estudarem" no princípio. O rubronegro querio logo de cara espantar a crise e partiu pra cima do Vasco. Com três atacantes em campo os jogadores do FLA respeitaram a ordenança tática pedida por Muricy.
Com muita correria e uma boa marcação o rubronegro foi melhor em campo no primeiro tempo. Prova disso foi o milagre operado por Martin Silva - goleiro do Vasco - em um cruzamento pela direita feito por Rodinei (muito preciso por sinal), Guerrero aproveitou uma das poucas falhas da defesa vascaína e toca na bola por duas vezes acionando o arqueiro vascaíno.
No decorrer do primeiro tempo, existia um clássico a parte. O zagueiro do Vasco Rodrigo e o centroavante flamenguista Paolo Guerrero. Entre beliscões no peito e provocações similares feitas pelo zagueiro, foi o atacante peruano que revidou de forma violenta ao disparar um soco no zagueiro e com isso se livrou de uma possível expulsão. Em fim, nesse primeiro duelo, ponto para o defensor vascaíno.
No lado vascaíno, o que prevaleceu no primeiro tempo foi a máxima de toda a temporada, a calmaria e a experiência do elenco. Mas, algo de diferente tinha nesse Vasco! Chutões.
"Com um belo toque de bola durante toda a temporada o Vasco chegou até aqui, não podemos continuar dando esses chutões..." Disse o meia Andrezinho. E realmente era o que estava acontecendo. Ligação direta entre defesa e ataque, que pareciam esquecer que no meio-campo tinha o craque da galera (Nenê foi eleito pelos torcedores o craque da galera no brasileirão do ano passado). Com isso o Vasco saiu perdendo no primeiro tempo. Embora essa derrota seja só um placar moral, sem gols.
Começa o segundo tempo e as duas equipes parecem manter a mesma proposta do primeiro tempo. Os rubronegros na correria e o Vasco nos chutões.
Até que enfim saiu o gol daquele que nunca havia feito um gol em clássico algum. Marcelo Cirino recebeu uma bola lançada por Allan Patrick (parece ter sido lançada com a mão) e Cirino cabeceou no contrapé do goleiro vascaíno (aquele que o Vasco pagou 100 mil reais por um voo fretado - mas valeu a pena). Feito isso, Flamengo abre o placar. 1 X 0, e a possibilidade da vitória e espantar de vez a crise.
Agora começa a brilhar a estrela do técnico do Vasco. Jorginho saca o garoto Thalles para apostar na boa fase de Riascos. Em um escanteio cobrado por Nenê, o colombiano aproveitou a bobeira da defesa flamenguista e cabeceou para estufar as redes do Flamengo. Assim, empatando o clássico.
Apito final, Flamengo 1 X 1 Vasco. Do mesmo jeito que começou, terminou. O Flamengo sem vencer o Vasco por um bom tempo (quase dois anos) e o Vasco líder da Taça Guanabara, continua invicto há cinco meses.
Por: Luiz Otávio Oliveira
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