Sua história com a camisa amarelinha, porém, se construiu como jogador. Teve altos e baixos ao disputar três Copas do Mundo. Na primeira vez, ficou marcado negativamente pelo fracasso de 1990 na Itália. Na segunda tentativa, recuperou o prestígio e ergueu a taça do tetracampeonato mundial como capitão, em 1994, nos EUA.
A partir dali, sua garra fora do comum e espírito de liderança em campo foram devidamente reconhecidos. Outras qualidades - como seus passes precisos, chutes fortes, marcação implacável e desarmes -, passaram a ser exaltadas pela imprensa. Por tudo isso, ele manteve a braçadeira da camisa canarinho em 1998, na França, quando o escrete do técnico Zagallo foi vice-campeão.
A fatídica derrota de 3 a 0 na final para o time francês concluiu sua última página de serviços à seleção. O volante fez no total 95 jogos (65 vitórias, 23 empates, 7 derrotas) e marcou seis gols pelo Brasil (fonte: Seleção Brasileira 90 anos - Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf). Também foi campeão de duas edições da Copa América (1989-1997) e da Copa das Confederações (1997). Dunga ainda atuou em 20 partidas pela Seleção Brasileira olímpica. Pela equipe principal, o marcador estreou no dia 19 de maio de 1987, num empate em 1 a 1 contra a Inglaterra.
A CARREIRA COMO TREINADOR
Dunga assumiu a seleção brasileira em 2006, logo depois do fiasco na Copa da Alemanha, sem nunca ter dirigido um clube. Apesar das críticas, o tetracampeão conquistou a Copa América da Venezuela no ano seguinte. O estilo "sargentão" fez com que Dunga entrasse em atrito com as estrelas Kaká e Ronaldinho.
Entrou negativamente para a história como o primeiro treinador a perder um jogo para a Venezuela, em junho de 2008. Mas tem em seu currículo conquistas importantes, como a Copa América de 2007, a Copa das Confederações de 2009 e a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Nas eliminiatórias para a Copa da África do Sul, conduziu a Seleção Brasileira à primeira colocação, com nove vitórias, sete empates e duas derrotas.
Entretanto, na Copa da África, em 2010, o treinador não obteve sucesso e viu a seleção ser eliminada pela Holanda, nas quartas-de-final.
O estilo polêmico e emburrado de Dunga foi uma grande marca em sua trajetória como comandante do escrete canarinho. Durante a competição, inclusive, ele sussurrou palavrões para um repórter da Rede Globo, fato que repercutiu negativamente em todo o mundo.
Foi demitido logo depois da Copa, dando lugar a Mano Menezes.
AS DEZ MELHORES DE DUNGA:
Dunga, que começará sua segunda passagem como técnico da Seleção Brasileira, marcou sua carreira de treinador com frases impactantes. Tanto no comando do time nacional quanto no período no Inter, o ex-volante não poupou seus críticos de palavras fortes.
Dez frases de Dunga como técnico da Seleção
"Quem não trouxe uma medalha está mais chateado do que nós"
Dita para Luxemburgo, após a eliminação brasileira na Olimpíada de Pequim, em 25/8/2008
"Acho que ele deveria renunciar, ir para a Argentina e virar argentino"
Ao presidente Lula, que havia elogiado a seleção argentina, em 27/5/2010
"Vamos botar a bola para ele dominar"
Resposta a Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, que havia defendido a Jabulani, em 3/6/2010
"Tem algum problema? Ah, bom, pensei que tinha"
Para Alex Escobar, na coletiva após a vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim em 20/6/2010
"Ele deve ter ingresso de graça da Fifa"
Resposta a Cruyff, que disse que não pagaria para ver um jogo da Seleção, em 1/7/2010
"Se gramado sintético fosse bom, a vaca comia"
Sobre a grama artificial do Passo D'Areia antes de jogo pelo Inter, em 27/3/2013
"Cada palhaço no seu picadeiro"
Ao humorista Marcius Melhem, que o criticou em um programa de TV, em 20/8
"Chamar de burro não me ofende, porque burro é um animal trabalhador e que teve a humildade de carregar Nossa Senhora"
Depois de um jogo contra o Vitória, em 12/9/2013
"Não temo ser demitido, só temo a morte"
Após um treino do Inter, em 24/9
"Se gritar resolvesse, chamava o Tarzan e estava tudo certo"
Depois de jogo contra o Atlético-PR, em 26/9/2013
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