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Foto: site Federação chilena |
A poucos meses da eleição presidencial no Flamengo, qualquer
fagulha promove um incêndio nos corredores da Gávea. A bola da vez foi o
técnico argentino, atualmente comandante da seleção chilena, Jorge Sampaoli. Um
dos candidatos à presidência do clube, Lysias Itapicurú foi o responsável por
abrir um canal de comunicação com o representante do técnico no Brasil, o
ex-zagueiro Gelson Baresi, e informar um suposto interesse do técnico ao
presidente Eduardo Bandeira de Mello. O suficiente para causar atrito.
O mandatário não gostou da atitude e optou por não levar o assunto adiante. A seus pares, classificou como uma tentativa eleitoreira de tumultuar o ambiente, uma vez que o técnico Cristóvão Borges sofre críticas da torcida, principalmente após a derrota de 1 a 0 para a Ponte Preta, no domingo. A história envolvendo Sampaoli é extensa. O contato ocorreu há cerca de 20 dias, entre Lysias e Gelson Baresi.
Inicialmente, o estafe do técnico argentino passou valores necessários para iniciar qualquer tipo de negociação: três milhões de dólares anuais (aproximadamente R$ 10,4 milhões no câmbio atual) para ele e sua comissão técnica, com um auxiliar e um preparador físico. Jorge Sampaoli tem contrato com a Federação Chilena até o fim deste ano, com multa de dois milhões de dólares em caso de rescisão. Na mesa também há uma oferta de renovação até 2018, ainda não assinada, uma proposta da seleção mexicana e outra, já recusada, da Arábia Saudita.
"O Flamengo sempre teve interesse e pessoas do clube tiveram contato comigo logo após o fim da Copa América. Nada diretamente. Em 2012 tentamos trazê-lo, mas hoje os valores são diferentes, ele recebe em dólar, existe a crise do país", disse Gelson Baresi.
Com os valores em mãos e a procuração de Baresi para representar Sampaoli enviada para Bandeira de Mello por e-mail, Lysias Itapicurú propôs um encontro com o presidente e o vice-geral, Walter D´Agostino, além de Baresi, no restaurante Plataforma, ao lado da sede da Gávea. O presidente não compareceu. Neste encontro surgiu a ideia de acertar com Sampaoli para 2016 e tornar Cristóvão Borges ou Jayme de Almeida um elemento de transição até o fim do ano. Contactado mais uma vez, Bandeira disse que a iniciativa deveria ser levada ao diretor de futebol, Rodrigo Caetano. O assunto não foi adiante.
"Ele é um estudioso, vive o futebol. Trabalhar em clube é mais o feitio dele, viver o dia a dia. Vontade de trabalhar no Brasil ele sempre teve, mas esbarra numa série de questões. Ele não gosta de quebrar contratos e tem um vigente", disse Baresi.
Em um encontro casual na Gávea, Lysias e seu grupo de apoio político ouviram de Bandeira a confiança no trabalho de Cristóvão Borges. O Internacional, sem técnico desde a demissão de Diego Aguirre, também sonha com o argentino e o presidente do clube, Vitório Piffero, viajou até o Chile para se reunir com o técnico. Não houve sucesso.
Em 2012, o Flamengo, ainda sob comando de Patricia Amorim, chegou a sonhar com o técnico, à época à frente de um vitorioso trabalho no Universidade de Chile. Três anos depois, o argentino volta a ser mais uma borbulha do efervescente caldeirão político que domina a Gávea em ano eleitoral.
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