Foi um clássico quente, pegado, com a rivalidade digna de Vasco contra Flamengo, mas faltaram os gols, e faltou também o cartão vermelho. No empate por 0 a 0 de cruz-maltinos e rubro-negros, neste domingo no Maracanã, o árbitro João Batista de Arruda distribuiu dez cartões amarelos, mas economizou nas expulsões. Com o resultado, o Fla manteve a vantagem do empate para o segundo jogo da semifinal do Campeonato Carioca.
O duelo de volta será disputado no próximo domingo, também no Maracanã, e quem avançar vai enfrentar na decisão o vencedor de Botafogo e Fluminense. Na primeira partida, o Tricolor ganhou por 2 a 1, no sábado.
Com um público abaixo do esperado, de 21.289 torcedores pagantes (24.747 presentes), o Clássico dos Milhões deste domingo teve um Vasco com mais posse de bola e dominando as principais ações ofensivas, mas o Flamengo usou da velocidade para contragolpear e criou até jogadas mais perigosas, principalmente no primeiro tempo. Na segunda etapa, Paulo Victor salvou o Fla com grande defesa. Mas os lances que chamaram mais atenção mesmo não foram as oportunidades de gol.
Pelo lado Rubro-Negro, Wallace, por dar uma "banda" em Rodrigo, e Marcelo Cirino, por ter entrado firme de sola em Guiñazu, poderiam ter tomado o cartão vermelho. No time cruz-maltino, Dagoberto também poderia ter sido expulso e ido embora mais cedo ao dar um soco nas costas de Bressan. Dos dez amarelos na partida, seis foram para o Fla e quatro para o Vasco, e a arbitragem parece ter desagradado os dois rivais.
O jogo
Os dois treinadores mantiveram a base das escalações da última quarta-feira, mas cada um ganhou um reforço importante recuperado de lesão. Doriva contou com a volta do zagueiro Rodrigo, e Vanderlei Luxemburgo teve o retorno do volante Canteros.
Em um primeiro tempo de pouca inspiração dos dois times, o Vasco foi melhor, teve mais posse de bola e ficou mais no campo de ataque, mas faltou qualidade para entrar na área em boas condições de finalizar a gol. O meia paraguaio Julio dos Santos acionou bastante os laterais Madson e Christiano, mas a única grande chance foi do próprio Julio, em cabeçada após escanteio cobrado por Marcinho, que o goleiro Paulo Victor defendeu.
Mesmo sem conseguir ficar com a bola nos pés, o Flamengo acabou sendo até mais incisivo do que o adversário, apostando em jogadas rápidas de contra-ataque. O Rubro-Negro ganhou ainda mais velocidade com a entrada do meia Everton no lugar de Jonas, logo aos 17 minutos da primeira etapa. O volante já tinha tomado um cartão amarelo por entrada dura em Gilberto, que precisou levar pontos no rosto, e foi substituído por Luxa.
Nos contragolpes, Marcelo Cirino perdeu um gol incrível e depois exigiu boa defesa de Martín Silva, e Gabriel também teve uma oportunidade, mas chutou por cima.
O time cruz-maltino voltou do intervalo com Rafael Silva no lugar de Yago, e o panorama do confronto pouco se alterou no segundo tempo. Os rubro-negros pareciam nervosos, e antes dos 10 minutos tomaram dois cartões amarelos que poderiam muito bem ter sido vermelhos, mas o árbitro João Batista de Arruda preferiu aliviar. Primeiro, após uma falta cobrada na área vascaína, o zagueiro Wallace deu uma "banda" e derrubou Rodrigo. Depois, em disputa de bola na intemediária, Marcelo Cirino entrou duro com a sola da chuteira na canela de Guiñazu.
O clássico que já era pegado ficou ainda mais quente. Pouco depois, o vascaíno Dagoberto, que tinha entrado há pouco tempo na vaga de Marcinho, deu um soco nas costas de Bressan. E teve substituição também no Fla, com a troca de Alecsandro por Paulinho.
As chances de gol também foram equilibradas para os dois lados, com o goleiro Martín Silva afastando o perigo em finalização de Canteros, e Paulo Victor salvando em chute de Rafael Silva. As duas equipes ainda fizeram as últimas substituições, com Bernardo no lugar de Julio dos Santos, e Arthur Maia na vaga de Gabriel, mas o nível técnico do clássico deixava a desejar.
E foi do Vasco a última grande oportunidade de tirar o zero do placar, com Bernardo aproveitando cruzamento, mas o goleiro Paulo Victor novamente salvou o Flamengo. Com o apito final, reclamações sobre a arbitragem, cantos de incentivo nas arquibancadas, e a expectativa de um clássico tão quente quanto esse no próximo domingo, mas com mais futebol para buscar a classificação para a final do Carioca.
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