Em São Januário, o caos se instaurou após a derrota do Vasco para o Flamengo em 1 a 0. Os jogadores flamenguistas ficaram ilhados em campo em campo enquanto os torcedores vascaínos depredavam o estádio com direito a bombas jogadas em direção ao gramado. Do lado de fora, um torcedor morreu baleado.
No Engenhão, ainda no Rio de Janeiro, torcedores do Botafogo emboscaram torcedores do Atlético-MG e deram início a uma briga antes do duelo entre os dois clubes pelo Brasileirão. Segundo a polícia, foram 13 detidos e um ferido.
A Série B também teve confusões. Em Porto Alegre, torcedores do Internacional se revoltaram com mais um tropeço da equipe na segunda divisão e depredaram o Beira-Rio – repetindo, aliás, o que já haviam feito anteriormente na competição. Uma pedra chegou a ser jogada em um segurança que tentava, em vão, defender o estádio.
Em Florianópolis, mais tensão no Orlando Scarpelli com protestos fortes da torcida do Figueirense após derrota para o Ceará. O presidente do clube, Wilfredo Brillinger, até chegou a colocar o cargo à disposição.
Só que esses casos estiveram muito longe de serem únicos no ano.
Presidente com uma arma na cabeça
Se o presidente do Figueirense colocou o cargo à disposição, o mandatário do Paysandu renunciou de fato na semana passada.
Sérgio Serra tomou a decisão porque os protestos da torcida chegaram ao ponto de colocarem um revolver em sua cabeça enquanto passeava em Belém com a sua esposa Cristina e o filho mais velho, Gustavo, de 14 anos.
“Eu já sei onde você mora. Se o Paysandu descer para a Série C, eu acabo contigo, com a sua mulher e o seu filho maluco", disse o suposto torcedor, de acordo com relato da irmã do dirigente, Cristina Serra, jornalista da TV Globo, em rede social.
Rio de problemas
O caos em São Januário foi apenas mais um incidente no conturbado ano do futebol carioca.
Briga em Vasco x Fluminense, morte em Botafogo x Flamengo...
Com direito à briga no Ministério Público para evitar clássico com torcida única, o ano não vem sendo nada agradável nas arquibancadas do Rio de Janeiro.
Briga em Curitiba
Ao menos duas cenas para lá de chocantes marcaram o país no último mês.
Em Curitiba, um torcedor do Corinthians foi espancado por torcedores do Coritiba. As câmeras de segurança flagraram às agressões ao homem caído no chão. Ele chegou a ser dado como morto, mas apareceu bem horas depois.
A Polícia diz que a confusão se deu porque os torcedores corintianos tentaram invadir uma sede de uma organizada do Coritiba.
Já em Goiânia, um homem ficou caído nas arquibancadas com a cara no chão, desacordado, após briga entre torcedores do Vila Nova e do Goiás. Até os jogadores em campo tentaram, em vão, acalmar os ânimos.
Tem briga também na Capital
Uma grande confusão também marcou o futebol no Distrito Federal.
No Campeonato Brasiliense, torcedores de Gama e Brasiliense entraram em confusão durante o clássico, que teve que ser encerrado antes da hora, ainda aos 40 minutos do segundo tempo.
A confusão começou em campo, com um desentendimento entre jogadores. Os torcedores, então, decidiram entrar na briga e até invadiram o campo para a batalha. Torcedores do Gama chegaram a roubar uma faixa da torcida adversária.
Um policial ficou ferido, mas ninguém foi preso.
Recife pegando fogo
No Nordeste, o clássico mais problemático do momento é entre Santa Cruz e Sport. No ano passado, um torcedor tricolor foi espancado. Neste ano, mais confusões, com briga em praça pública.
Em campo, os jogadores também não ajudaram muito. Em clássico pela semifinal da Copa do Nordeste, promoveram uma briga generalizada em campo para esquentar ainda mais o clima.
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