A seleção brasileira está na final. Superou o Japão, a força do México, rivalidade da Itália, e despachou o Uruguai. Com raça, história, respeito, Cavani, Suárez, Lugano e Cia. Mas o Brasil foi mais do que tudo isso. Foi menos time, porém, foi maior nos braços do goleiro Julio César, mais preciso no lançamento e na cabeçada de Paulinho, mais oportunista na inteligência de Fred, mais genial em Neymar. Mais coração!

Quem pensou que iria ter facilidade em bater o Uruguai enganou-se. Muita pressão dada por Lugano no árbitro Enrique Osses, o Uruguai foi até o seu limite. Merece aplausos e respeito. No final do jogo, com goleiro Muslera na área, tensão nas 57.483 pessoas que foram ao Mineirão, que esse é um dos maiores clássicos do planeta.

Agora o Brasil vai jogar a final. Que nos perdoem os jogadores que terão pela frente craques como Iniesta, Xavi e companhia, mas o mundo da bola clama por um confronto entre a Espanha x Brasil.
A Seleção jogará a final no próximo domingo, às 19h, no Maracanã, contra o vencedor do duelo entre Itália x Espanha, que se enfrentam na quinta-feira em Fortaleza.
Predominaram as cores do Brasil
Poucas cores são tão tradicionais no futebol mundial quanto o verde e amarelo do Brasil e o azul da seleção uruguaia. Mas o destino fez o vermelho brilhar no começo do jogo. A cor da roupa, do coração e do sangue que corre nas veias do goleiro Julio César, desde que a torcida mais uma vez assumiu para si o hino nacional. Enquanto o Mineirão cantava, ele balançava os companheiros. Era quase um aviso: "Hoje é comigo!"
Quando David Luiz fez pênalti no zagueiro Lugano dentro da área e assinalou o árbitro chileno Enrique Osses, aos 12 minutos, o Mineirão calou-se. Coube ao goleiro, que tanto gosta do barulho dos torcedores, levá-los ao delírio ao defender no canto esquerdo. Julio deu seus passinhos à frente, saiu antes. Forlán foi mal. Olhou só para a bola. Se levantasse a cabeça, tocaria no outro canto e faria o gol.
De canela, Fred completa para o gol e abre o placar para o Brasil.
O Brasil levou mais de 20 minutos para chegar à área celeste. E quando conseguiu pouco fez. O Uruguai ficou menos com a bola, mas foi mais perigoso, como no belo chute de Forlán que passou ao lado do gol. O “1” e o “9” estavam fora do jogo. Julio orientava e pedia concentração. Fred se esforçava para compor a marcação e rezava por uma bolinha. Uma só...
E bastou que ela passasse pelos pés de quem a trata melhor para chegar ao centroavante. O lançamento de Paulinho, o domínio e o chute de Neymar entortaram a firme marcação dos bicampeões mundiais. Muslera defendeu a primeira tentativa, mas ela sobrou para Fred. Quietinho, mineirinho, no lugar certo como sempre. Certeiro como sempre: 1 a 0.
Como todo bom Brasil x Uruguai, o primeiro tempo teve um chute de Luiz Gustavo no estômago de Rodríguez, a camisa esgarçada de Lugano e o nariz de Paulinho sangrando. O segundo tempo prometia.
O BEIJO, O PASSE E FINALMENTE O GOL

Prometia mesmo! Quem resolveu comer o famoso tropeiro no intervalo pode ter perdido o gol de Cavani. Até então, ele brilhara mais na marcação do que no ataque. Mas, aos dois minutos da etapa final, ele não perdoou o vacilo coletivo da defesa, em que David Luiz errou o chutão, Thiago Silva tentou sair jogando em lugar errado e Marcelo perdeu a bola. Nem o homem de vermelho seria capaz de impedir. Tudo igual no Mineirão: 1 a 1.
O Monstro se redimiu logo em seguida ao evitar que a bola de Suárez chegasse à cabeça de Forlán. A cor do jogo no momento era celeste. O som do Mineirão era um bom termômetro. E ele saiu do silêncio para ir quase abaixo quando Felipão chamou Bernard, xodó do Atlético. Hulk saiu vaiado pela primeira vez na Copa das Confederações.
Entre um sufoco e outro, um quase gol contra de Thiago Silva, e bolas e mais bolas levantadas por Forlán, o melhor jogador da última Copa do Mundo, Bernard achou Fred. Ele, que sempre espera por uma chance, dessa vez não aproveitou e chutou por cima. Absolutamente tudo poderia acontecer.
A entrada do pupilo de Felipão melhorou a Seleção. Até surgiu uma tabela, raríssima até então. A boa jogada de Neymar e Oscar parou nas mãos de Muslera.
Cavani festeja: artilheiro empatou o jogo para o Uruguaio no início do segundo tempo (Foto: Reuters)
Os minutos passavam cada vez mais rapidamente e a vontade de ganhar se tornou medo de perder. Principalmente depois que um chute desviado de Cavani passou rente à trave de Julio César. Mas Neymar ainda precisava retribuir o lançamento de Paulinho. Aquele, perfeito, que originou o gol no primeiro tempo.
Foram duas cobranças de escanteio. Na primeira, Neymar foi provocado por Alvaro González e mandou beijinhos ao uruguaio. Na segunda, aos 40 minutos, mandou um golpe no peito de toda Celeste, uma bola na cabeça de Paulinho. A cabeça, que tantas alegrias já deu ao Corinthians, dessa vez alegrou o Brasil. E o camisa 10, com a "dívida" paga, deixou o gramado nos acréscimos, aplaudido no mesmo estádio que o vaiou no amistoso contra o Chile, há dois meses.
Agora, só falta um jogo! E que venha a Espanha...

Quem pensou que iria ter facilidade em bater o Uruguai enganou-se. Muita pressão dada por Lugano no árbitro Enrique Osses, o Uruguai foi até o seu limite. Merece aplausos e respeito. No final do jogo, com goleiro Muslera na área, tensão nas 57.483 pessoas que foram ao Mineirão, que esse é um dos maiores clássicos do planeta.

Agora o Brasil vai jogar a final. Que nos perdoem os jogadores que terão pela frente craques como Iniesta, Xavi e companhia, mas o mundo da bola clama por um confronto entre a Espanha x Brasil.
A Seleção jogará a final no próximo domingo, às 19h, no Maracanã, contra o vencedor do duelo entre Itália x Espanha, que se enfrentam na quinta-feira em Fortaleza.
Predominaram as cores do Brasil
Poucas cores são tão tradicionais no futebol mundial quanto o verde e amarelo do Brasil e o azul da seleção uruguaia. Mas o destino fez o vermelho brilhar no começo do jogo. A cor da roupa, do coração e do sangue que corre nas veias do goleiro Julio César, desde que a torcida mais uma vez assumiu para si o hino nacional. Enquanto o Mineirão cantava, ele balançava os companheiros. Era quase um aviso: "Hoje é comigo!"
Quando David Luiz fez pênalti no zagueiro Lugano dentro da área e assinalou o árbitro chileno Enrique Osses, aos 12 minutos, o Mineirão calou-se. Coube ao goleiro, que tanto gosta do barulho dos torcedores, levá-los ao delírio ao defender no canto esquerdo. Julio deu seus passinhos à frente, saiu antes. Forlán foi mal. Olhou só para a bola. Se levantasse a cabeça, tocaria no outro canto e faria o gol.
De canela, Fred completa para o gol e abre o placar para o Brasil.
O Brasil levou mais de 20 minutos para chegar à área celeste. E quando conseguiu pouco fez. O Uruguai ficou menos com a bola, mas foi mais perigoso, como no belo chute de Forlán que passou ao lado do gol. O “1” e o “9” estavam fora do jogo. Julio orientava e pedia concentração. Fred se esforçava para compor a marcação e rezava por uma bolinha. Uma só...
E bastou que ela passasse pelos pés de quem a trata melhor para chegar ao centroavante. O lançamento de Paulinho, o domínio e o chute de Neymar entortaram a firme marcação dos bicampeões mundiais. Muslera defendeu a primeira tentativa, mas ela sobrou para Fred. Quietinho, mineirinho, no lugar certo como sempre. Certeiro como sempre: 1 a 0.
Como todo bom Brasil x Uruguai, o primeiro tempo teve um chute de Luiz Gustavo no estômago de Rodríguez, a camisa esgarçada de Lugano e o nariz de Paulinho sangrando. O segundo tempo prometia.
O BEIJO, O PASSE E FINALMENTE O GOL

Prometia mesmo! Quem resolveu comer o famoso tropeiro no intervalo pode ter perdido o gol de Cavani. Até então, ele brilhara mais na marcação do que no ataque. Mas, aos dois minutos da etapa final, ele não perdoou o vacilo coletivo da defesa, em que David Luiz errou o chutão, Thiago Silva tentou sair jogando em lugar errado e Marcelo perdeu a bola. Nem o homem de vermelho seria capaz de impedir. Tudo igual no Mineirão: 1 a 1.
O Monstro se redimiu logo em seguida ao evitar que a bola de Suárez chegasse à cabeça de Forlán. A cor do jogo no momento era celeste. O som do Mineirão era um bom termômetro. E ele saiu do silêncio para ir quase abaixo quando Felipão chamou Bernard, xodó do Atlético. Hulk saiu vaiado pela primeira vez na Copa das Confederações.
Entre um sufoco e outro, um quase gol contra de Thiago Silva, e bolas e mais bolas levantadas por Forlán, o melhor jogador da última Copa do Mundo, Bernard achou Fred. Ele, que sempre espera por uma chance, dessa vez não aproveitou e chutou por cima. Absolutamente tudo poderia acontecer.
A entrada do pupilo de Felipão melhorou a Seleção. Até surgiu uma tabela, raríssima até então. A boa jogada de Neymar e Oscar parou nas mãos de Muslera.
Cavani festeja: artilheiro empatou o jogo para o Uruguaio no início do segundo tempo (Foto: Reuters)
Os minutos passavam cada vez mais rapidamente e a vontade de ganhar se tornou medo de perder. Principalmente depois que um chute desviado de Cavani passou rente à trave de Julio César. Mas Neymar ainda precisava retribuir o lançamento de Paulinho. Aquele, perfeito, que originou o gol no primeiro tempo.
Foram duas cobranças de escanteio. Na primeira, Neymar foi provocado por Alvaro González e mandou beijinhos ao uruguaio. Na segunda, aos 40 minutos, mandou um golpe no peito de toda Celeste, uma bola na cabeça de Paulinho. A cabeça, que tantas alegrias já deu ao Corinthians, dessa vez alegrou o Brasil. E o camisa 10, com a "dívida" paga, deixou o gramado nos acréscimos, aplaudido no mesmo estádio que o vaiou no amistoso contra o Chile, há dois meses.
Agora, só falta um jogo! E que venha a Espanha...
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