O novo presidente vascaíno segue na sua cruzada para minar a dupla Corinthians/Flamengo, que ele teme que no médio prazo transforme o futebol brasileiro no espanhol, onde só duas equipes dominam o campeonato, com raras exceções.
Eurico Miranda insiste em rediscutir as negociações individuais dos direitos de TV, que beneficia os dois, recebedores das maiores cotas, e também quer a volta de jogos eliminatórios para definir o Brasileiro, contando com apoio de boa parte dos clubes da Série A.
A sugestão é que sejam realizadas 38 rodadas, o que contentaria o SporTV, como acontece atualmente, e depois o primeiro colocado pegaria o quarto e o segundo, o terceiro. Os vencedores iriam para a final. Na Globo a ideia é vista com bons olhos, já que a emissora há tempos defende o chamado mata-mata, que dá mais audiência.
Eu, particularmente, sou contra. Primeiro não acho que corramos o risco de ver o futebol brasileiro virar o espanhol, pois temos outros centros muito fortes, como Minas, que tem o atual bicampeão brasileiro e o campeão da Copa do Brasil, e o Sul, pioneiro em várias iniciativas de marketing no futebol nacional.
Fora que os problemas financeiros do Flamengo, por mais que a atual diretoria tente se mexer e esteja se mexendo, são sérios. Há clubes com as contas muito mais arrumadas.
Seja como for, Eurico está se mexendo. Entre os clubes, na TV, com a qual tem dialogado cada vez mais e retomou o espaço e o trânsito que já teve em outras épocas, e até no Congresso, discutindo com parlamentares e contando com Andrés Sanchez para formar uma terceira via na Câmara, longe da CBF e do Bom Senso. Mesmo discordando do ex-presidente corintiano e atual deputado federal pelo PT-SP em alguns pontos, prefere Andrés à atual cúpula da CBF, apesar de não ser desafeto nem de José Maria Marin nem de Marco Polo Del Nero, e não suporta o Bom Senso, cujos comandantes considera jogadores mimados e privilegiados.
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