André Valentim. Esse nome vem gerando críticas e indignação, atualmente, nos corredores da Gávea e das Laranjeiras. Procurador-geral do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), é ele quem garimpa declarações que acabam levando seus autores para o banco dos réus. Ele mesmo não é de pegar leve nas críticas. Autor da denúncia que gerou a suspensão de Vanderlei Luxemburgo por dois jogos, André Valentim surpreendeu ao solicitar ao TJD nova abertura de inquérito contra o técnico do Flamengo, nesta terça-feira.
- Não tem mordaça. A pessoa pode falar o que quiser. Agora, eu quero saber o que tem o Luxemburgo a ver com certas situações. Você vê o técnico do Vasco, do Botafogo ou algum outro técnico se meter em alguma coisa? Ele tem é que tocar o time dele. Vanderlei bate no peito e diz que fala. Vê se ele foi lá no julgamento dele. Não foi. Se a arbitragem for ruim, ele pode até falar, mas não pode dizer que o cara é ladrão.
Suspenso por ter sugerido à imprensa que desse "porrada na Federação", Vanderlei foi citado em novo inquérito nesta terça por ter questionado em entrevista recente o fato de o presidente Rubens Lopes ter assistido a um jogo na sala do presidente do Vasco, Eurico Miranda, em São Januário. O auditor Dilson Nunes Chagas conduzirá o inquérito e, num prazo de 15 dias, será decidido se o treinador deve voltar ao banco dos réus.
Em relação à declaração de Vanderlei sobre a "porrada na Federação", o procurador-geral do TJD destacou o sentido duplo, interpretativo. No contexto, porém, ficou óbvio que Vanderlei pedia à imprensa que criticasse a entidade.
- Cada um tem um entendimento. Pra você, o sentido é esse. Mas nem todo mundo tem o mesmo nível. Você tem que baixar o tom quando possui influência - destacou André, que solicitou a abertura de inquérito também contra o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, que em entrevista ao Jogo Extra, no dia 19, criticou a Federação e falou em "jogo de cartas marcadas".
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