Ninguém sabia bem o
que esperar do Fluminense. Não por menos. Após 15 anos de parceria e muito
investimento, a Unimed resolver deixar o clube. E junto com ela se foi metade
do time. A diretoria se esforçou o quanto pôde para manter Fred e Diego
Cavalieri, mas nomes como Cícero, Conca, Bruno, Carlinhos, Rafael Sóbis e
Valencia deixaram as Laranjeiras. Por tudo isso, o começo de ano, com todo o
sofrimento para chegar e cair na semifinal do Carioca, não foi tão ruim assim.
Pelo contrário: mesmo sem o título estadual, trouxe certa esperança ao torcedor
tricolor. Com o espaço deixado pelos astros, jovens como Gérson tiveram a
chance de brilhar, e a equipe se encaixou aos poucos. Para a disputa do
Brasileirão, a chegada de reforços pontuais e experientes - o zagueiro Antônio
Carlos, o volante Pierre e o atacante Magno Alves já acertaram - tem tudo para
fazer o time subir mais um degrau.
Temporada Passada
Muito frustrante
define bem o que foi o ano do Fluminense em 2014. O elenco ainda era recheado
de estrelas, mas decepcionou em todas as competições que disputou. A começar
pelo Campeonato Carioca, em que parou na semifinal. Na Copa do Brasil, o vexame
foi maior: eliminação com derrota por 5 a 2 para o América-RN em pleno
Maracanã. Com o calendário livre, a expectativa era de que o time, ao menos,
brigasse pelo título do Brasileirão. Mas isso também não aconteceu. E pior: ao
fim do torneio, ficou até mesmo sem a vaga para a Libertadores, o que terminou
de jogar o ano pelo ralo.
Destaque
![]() |
Fred é a esperança de gols do Flu |
O mais criticado dos
jogadores no fiasco brasileiro da última Copa do Mundo, sem dúvidas. Mas o
‘cone' do Mundial já fez muito com a camisa do Fluminense, e, por isso, o clube
não poupou esforços para mantê-lo mesmo após o fim da parceria com a Unimed. A
decisão, como esperado se mostrou mais que certeira. Em 14 jogos no ano, Fred
marcou 11 gols. Foi o artilheiro do Campeonato Carioca e, de quebra, se tornou
o sexto maior goleador da história nas Laranjeiras. No Brasileirão, precisa de
‘apenas' mais 15 gols para se tornar o segundo nesta lista. E não duvide: Fred
tem, sim, futebol e faro de gol para marcar os tentos que precisa e ainda
brigar por mais uma artilharia.
Olho Nele
Nem toda reformulação
é tão ruim para um clube. Na maioria das vezes, a falta de dinheiro acaba
fazendo com que se criem espaços para atletas que dificilmente teriam chances
em um elenco mais estrelado. E foi o que aconteceu com Gérson. Aos 17 anos, o
meio-campista foi um dos principais destaques do Fluminense na disputa do
Campeonato Carioca e ganhou moral com a torcida. Chegou até a ser especulado em
clubes da Europa, mas segue nas Laranjeiras. Para o Brasileirão, ganhou mais
concorrência no meio de campo e precisará manter o ritmo para manter também a
vaga de titular.
O Comandante
Cristóvão Borges até
resistiu ao ano de decepções em 2014, mas não a mais um começo ruim em 2015 e
acabou demitido no fim de março. Sem dinheiro para buscar um grande nome no
mercado, o clube apostou em Ricardo Drubscky. Aos 55 anos, ele ganhou sua
primeira chance em um grande clube mesmo sem ser exatamente conhecido por fazer
trabalhos duradouros por onde passou - no ano passado, por exemplo, dirigiu
três clubes. Ao menos no começo, Drubscky parece ter acertado um pouco o time.
Ele conseguiu a classificação às semifinais do Carioca e só não foi a decisão
graças a um "field goal" de Cavalieri na cobrança de pênaltis diante
do Botafogo. Resta saber o quanto de paciência a diretoria terá com ele se os
resultados demorarem a aparecer. Vale lembrar que ele é nada menos que o 33º
técnico da equipe nos últimos 15 anos.
Nossos Parceiros:
Comentários
Postar um comentário