Na coletiva, Cabral ainda disse: "Não sou um ditador". Os manifestantes, ao saberem disso, começaram imediatamente os gritos de "Cabral é ditador", e o barulho na Delfim Moreira recomeçou.
Durante a madrugada, as pessoas compartilharam água, lanche e biscoitos. Moradores da vizinhança contribuíram com mais alimentos e até uma pizza foi doada durante o início da madrugada de segunda-feira (29). Nesta segunda, as cenas se repetiram, com pessoas saindo de seus carros e levando sopa e mantimentos para os acampados.
Como a via foi fechada algumas vezes, o tráfego na região foi prejudicado durante o dia por rápidos instantes. Em algumas ocasiões, motoristas que cruzavam a rua buzinavam em apoio às reivindicações.
O grupo pede o impeachment do governador, além de CPIs para apurar gastos com a Copa do Mundo de 2014 e o uso do helicóptero do governo para uso pessoal de Cabral — o Ministério Público abriu inquérito para apurar o caso . Em entrevista coletiva na noite desta segunda, o governador pediu que o movimento deixe o Leblon.
"Quero fazer um apelo, porque, sabe, na porta de casa, eu tenho filhos pequenos. O Sérgio Cabral político é uma coisa. Ali, é o meu filho de 6 anos, meu filho de 11 anos. É um apelo de pai mesmo. Aqui [no Palácio Guanabara], manifestação é do jogo democrático. Fui presidente do Poder Legislativo durante oito anos. O que eu mais fiz foi ver as galerias cheias, vaiando, aplaudindo. Fui senador. Eu não sou um ditador. Estou aberto ao diálogo, às manifestações. Agora, na porta lá de casa, eu faço um apelo do coração, como pai", disse, em entrevista coletiva no Palácio Guanabara.
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